segunda-feira, 5 de maio de 2014

Artigo de Opinião: ALIMENTOS TRANSGÊNICOS


Texto: Eliete Fernandes Matias



Arroz geneticamente modificado
Claro que acredito que a Biotecnologia está sendo desenvolvida por pessoas responsáveis e cientistas de renome e respeito, mas o que acontece quando essa tecnologia é distribuída e negociada? Na verdade o que temos de informações a respeito dos alimentos transgênicos é um grande número de hipóteses que ainda não podemos comprovar. Essa técnica pode, ou não, gerar uma serie de distorções, pois se caracteriza pela alteração do DNA de uma espécie, introduzindo um gene com características mais resistentes. Que garantias temos de que esses experimentos não nos trarão problemas futuros? 

A Transgênese é uma ciência experimental, vários benefícios já foram apontados como: o fato de que alimentos com melhores características nutricionais que os naturais possam ser produzidos; plantas transgênicas são mais resistentes a pragas, geadas e fungos, o que propicia um uso reduzido de agrotóxicos; e a redução dos riscos de perdas na produção agrícola de média e grande escala. Porém, quando o homem resolve brincar de “criador”, não mede os riscos dos impactos negativos que sua criação poderá produzir, pensam principalmente no lucro que obterão. 

Entre os aspectos negativos apontados ao cultivo de transgênicos, está a falta de regulamentação técnica para o uso desses produtos; a contaminação de plantas silvestres por esses genes que podem ser transferidos pelo ar, ou por intermédios de animais e insetos que fazem a polinização naturalmente, gerando assim o que alguns estudiosos chamam de poluição genética; há também a ameaça do surgimento de superpragas e efeitos danosos em insetos e animais que fazem parte do ecossistema, contribuindo com o desequilíbrio natural; o aumento dos casos de alergia nas pessoas mais sensíveis; o fato desses alimentos terem a capacidade de produzir no organismo humano bactérias resistência a alguns antibióticos; e principalmente a ameaça de mudanças irreversíveis no ambiente natural.

Devemos deixar a ciência avançar em suas pesquisas, pois a tecnologia é aceitável em todos os setores, mas entendo que se deve criar uma estratégia de prevenção de danos futuros. Muito já foi melhorado no que diz respeito à produção desses alimentos modificados geneticamente, mas ainda há de se estudar bastante, até que possamos receber com mais tranqüilidade e confiança essa nova cultura.  Como disse Hipócrates: “Que a comida seja teu alimento e o alimento tua medicina.”.

obs. Fotos colhidas da internet


Referências:

Alimentos Transgênicos. Disponível em: http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc. cfm?LibCatID=-1&Search=alimentos&CurrentPage=0&LibDocID=3833. Acessado em 02/02/2011.

Brasil Escola - Redação - Artigo de opinião. Marina Cabral - Especialista em Língua Portuguesa e Literatura. Disponível em: http://www.brasilescola.com/redacao/artigo-opiniao.htm. Acessado em 02/20/2011

Greenpeace Brasil. Ruim para o produtor e para o consumidor. Disponível em:
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Transgenicos/. Acessado em: 02/02/2011.

Info. Tecnologias verdes. Disponível em: http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/brasil-ja-e-2-em. shl. Acessado em: 002/02/2011.


 

XÔ CARROS! Um pouco de bom senso no trânsito infernal!

Texto: Dario Junior


Acidente de trânsito em João Pessoa
Sou totalmente à favor da obrigatoriedade de 50 quilômetros de velocidade em algumas avenidas da cidade de João Pessoa. Ora, nesse ponto eu sou radical: “as ruas são dos pedestres e não dos carros" (frase minha). Nunca concordei com as ruas sendo dos carros. Na verdade, os carros roubaram as ruas das pessoas e vários governantes por aí, fizeram pouco caso do assunto, preferindo beneficiar um objeto cruel, intrometido, barulhento e poluidor (o carro) em detrimento do bem estar das pessoas e até da vida. Esse objeto metálico que tanto vem causando estragos na vida pacata que deveria ter as cidades, além das ruas, ocupa também nossas calçadas e praças e eu não vi ainda nenhum dos reclamantes da velocidade de 50 quilômetros, fazer um protesto contra isso, não é verdade? Peço aos colegas reclamantes que iniciem um "ABAIXO ASSINADO CONTRA A INVASÃO DAS CALÇADAS PELOS  CARROS !" Logo!!!!  Urgente!!!! Isso sim merece nossa atenção de cidadão.

Caos Urbano

Um verdadeiro caos vivem as ciedades que nao se planejaram para este terror que é o trânsito.
Caos urbano
A indústria automobilística nunca se preocupou com o excesso de unidades veiculares que inundam as cidades do mundo todo, aboletando-se em todos os cantos. Muito pelo contrário: os carros são feitos para durarem pouco e servirem de objeto de troca rápida no mercado indecente que se transformou o nosso mercado de automóveis. As    propagandas que assistimos na mídia incentivam quase sempre o consumo exagerado e desenfreado do automóvel, apresentando a cada semestre novos modelos mais rápidos, com itens atrativos e sedutores, que prometem também no pacote de utopias subliminares, dependendo do modelo e do valor,  a elevação da auto estima e do  status social dos incautos espectadores! Em decorrência disso as ruas já não cabem mais tantos modelos descartáveis lançados pelas indústrias à cada mês, modelos esses que vem atrapalhando o caminhar dos pedestres e invadindo as poucas áreas trafegáveis da cidade, muitas vezes conduzidos em alta velocidade ou capotando irresponsavelmente nos canteiros, por incompetência e consumo de álcool  dos seus condutores. Cada dia que passa espanta-me ver pessoas instruídas e sabidamente coerentes, continuarem fazendo campanhas contra a velocidade corretamente estabelecida do limite de 50 quilômetros em algumas avenidas. Essas pessoas deixam de perceber que estão beneficiando assim um monte de ferro velho enferrujado (que muito em breve vão se tornar os seus automóveis) em detrimento dos seres humanos!

Ruas em Nova York
Reafirmo aqui que sou profundamente solidário com a redução de velocidade e até defendo o fechamento de ruas para se tornarem vias de acesso livre ao pedestre. Digo isso já com a convicção de que em pouco tempo, inevitavelmente teremos o fechamento gradativo em todas as cidades, de ruas para se tornarem calçadões com bancos para sentar, árvores e muitos outros aparatos para beneficiar os pedestres, como vem acontecendo em outras cidades mais sensíveis ao assunto... (Nova York, Buenos Aires e cidades da Europa)

Não tenho vínculo com político algum, mas costumo elogiar boas iniciativas vindas de onde vierem e dessa vez acertaram em cheio! Agora, uma coisa precisa ser dita: esses radares terão que ser bastante precisos e honestos e a iniciativa espero que não tenha sido pensada apenas para arrecadar dinheiro dos incautos, como andam falando por aí. Retirando os erros que porventura o projeto venha apresentar, acho a redução de velocidade correta e um ganho incomensurável para todos os pedestres. 

Rua entregue aos pedestres na Argentina: um exemplo a seguir!
As nossas ruas, principalmente as ruas que já não suportam tantos automóveis aqui de João Pessoa, bem que poderiam ser "pedestrianizadas" e transformadas naquilo que os especialistas chamam acertadamente de "oásis urbanos". A Argentina já vem fazendo essa mudança há anos e nós ainda continuamos priorizando o automóvel nas nossas cidades! É hora de mudarmos esses conceitos! 

Ontem descendo a avenida Rui Carneiro em João Pessoa-PB, no meu carro, já obedecendo a velocidade de 50 quilômetros, eu fiquei surpreso com a tranqullidade e civilidade dos motoristas. Senti-me em plenos anos 20, quando os carros rodavam suaves desfilando ordenadamente nas ruas, numa morosidade tranquila e pertinente. Ao olhar para os lados e ver a cara amarrada de alguns motoristas descendo a ladeira, repeti essas palavras para mim mesmo de forma bastante cômica: Xô carros! Inclusive para o meu. 

Finalizando, eu gostaria de dizer que na verdade não sou contra os carros, sou contra a liberdade que dão a eles.

Fotos: colhidas da internet

 



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