domingo, 13 de julho de 2014

A VOZ DA COMUNIDADE E A DEFESA DOS BENS CULTURAIS!



Texto: Dario Junior
em 10 de julho de 2014

Alguns "artistas e ativistas culturais", transmutados vez em quando em "cabos eleitorais", não se cansam  em vender o seu próprio sentimento de classe. Eles continuam negociando este sentimento nobre que ainda nos resta nos pulsos e que nos move para lutas que serão eternas e infindáveis. De agora em diante eu recomendo abrirmos bem os olhos e ouvidos para observarmos cuidadosamente o transcorrer desse filme e podermos agir com a razão.

Esta cumplicidade visivelmente presente dos "artistas e ativistas" com o sistema, apenas beneficia outros, os políticos oportunistas de plantão, que continuarão com a sua implacável destruição dos bens culturais e do que nos resta de comunidade. Aos que ainda estão vivos, deixo um recado: não acreditem em políticas públicas praticadas de cima para baixo; não acreditem em falsas propagandas enaltecendo a participação popular nas políticas culturais de qualquer governo estabelecido. Isso tudo é balela, é passageiro e não precisamos apenas de passagens...
                                       
Os verdadeiros movimentos sociais e culturais não se vendem, não buscam cargos e não compactuam com governos, empresas edazes ou partidos políticos. Os verdadeiros movimentos sociais e culturais, exigem! imprimem! dialogam! forçam políticas públicas de qualidade e buscam no comunitário a sua força maior! Não acreditem em movimentos socioculturais vindos das profundezas carcomidas de um poder político vigente. Precisamos todos, fazedores culturais e agentes de transformação social (educadores, artistas, sindicalistas, estudantes, cidadãos) pensar no presente e também no futuro! Nas inúmeras gerações que virão e que precisarão de um canal livre e liberto das amarras sistêmicas, para existirem, para se pronunciarem, para se expressarem.

Não quero dizer com isto que os governos nunca praticam políticas culturais importantes para comunidade. Os bons governos praticam sim, e até tentam emplacar projetos culturais "relevantes", mas que serão sempre limitados e distanciados das bases comunitárias. Esses projetos políticos  sempre estarão interessados apenas no retorno eleitoreiro das urnas e na formação dos abomináveis currais eleitorais, tornando-se sempre em políticas socioculturais indiferentes às críticas e proposições das bases populares que algum dia as alimentaram e elegeram.

A barganha política é algo podre e que está impressa nas entranhas de qualquer negociação com o sistema, principalmente neste formato de sistema político/partidário praticado no Brasil. É preciso termos o cuidado de não estarmos vendendo a nossa própria alma ao diabo, que é o que muitos andam fazendo. Ingênuas criaturas... quando interpeladas, permanecerão  sempre na defensiva do que nunca tiveram sabedoria de fazer. Estes agora "cabos eleitorais", passarão a ser vistos pela história como pedras no caminho; desmobilizadores cruéis das revoluções culturais; perpetuadores dos desmandos e desacertos político-administrativos de uma parte da história que será algum dia revisitada e questionada pelos seus próprios netos e bisnetos. Como diz o ditado reestruturado por mim: pelo andar da carruagem, estes "artistas e ativistas" deixarão como legado às gerações futuras, apenas o produto tóxico dos seus erros. 

Uma coisa é certa: nunca se esquecerão desses fatos, os verdadeiros agentes de transformação sociocultural e as muitas gerações futuras!

fotos: colhidas da internet.

*Os textos e fotos de Dario Junior estão licenciados pela Creative Commons. Qualquer utilização,  será possível com a autorização prévia do autor, que deverá ser consultado.

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