Texto: Dario Junior
em 10 de julho de 2014
Alguns "artistas e ativistas culturais", transmutados vez em quando em "cabos eleitorais", não se cansam em vender o seu próprio sentimento de classe. Eles continuam negociando este sentimento nobre que ainda nos resta nos pulsos e que nos move para lutas que serão eternas e infindáveis. De agora em diante eu recomendo abrirmos bem os olhos e ouvidos para observarmos cuidadosamente o transcorrer desse filme e podermos agir com a razão.
Esta cumplicidade visivelmente presente dos "artistas e ativistas" com o sistema, apenas beneficia outros, os políticos oportunistas de plantão, que continuarão com a sua implacável destruição dos bens culturais e do que nos resta de comunidade. Aos que ainda estão vivos, deixo um recado: não acreditem em políticas públicas praticadas de cima para baixo; não acreditem em falsas propagandas enaltecendo a participação popular nas políticas culturais de qualquer governo estabelecido. Isso tudo é balela, é passageiro e não precisamos apenas de passagens...
Não quero dizer com isto que os governos nunca praticam políticas culturais importantes para comunidade. Os bons governos praticam sim, e até tentam emplacar projetos culturais "relevantes", mas que serão sempre limitados e distanciados das bases comunitárias. Esses projetos políticos sempre estarão interessados apenas no retorno eleitoreiro das urnas e na formação dos abomináveis currais eleitorais, tornando-se sempre em políticas socioculturais indiferentes às críticas e proposições das bases populares que algum dia as alimentaram e elegeram.
A barganha política é algo podre e que está impressa nas entranhas de qualquer negociação com o sistema, principalmente neste formato de sistema político/partidário praticado no Brasil. É preciso termos o cuidado de não estarmos vendendo a nossa própria alma ao diabo, que é o que muitos andam fazendo. Ingênuas criaturas... quando interpeladas, permanecerão sempre na defensiva do que nunca tiveram sabedoria de fazer. Estes agora "cabos eleitorais", passarão a ser vistos pela história como pedras no caminho; desmobilizadores cruéis das revoluções culturais; perpetuadores dos desmandos e desacertos político-administrativos de uma parte da história que será algum dia revisitada e questionada pelos seus próprios netos e bisnetos. Como diz o ditado reestruturado por mim: pelo andar da carruagem, estes "artistas e ativistas" deixarão como legado às gerações futuras, apenas o produto tóxico dos seus erros.
Uma coisa é certa: nunca se esquecerão desses fatos, os verdadeiros agentes de transformação sociocultural e as muitas gerações futuras!
fotos: colhidas da internet.
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